quarta-feira, 29 de março de 2017

FERRAMENTAS DIVERTIDAS PARA USAR EM SALA DE AULA - VOKY E STORYJUMPER.

         No mundo digital em que estamos vivendo, a necessidade de acompanharmos as novas tecnologias é cada vez mais essencial, pois caso contrário ficaremos excluídos do processo digital. No âmbito educacional não é diferente, as possibilidades se multiplicam e muitas vezes não conseguimos acompanhar o rítmo das mesmas.
        Pensando nisso, sugerimos duas ferramentas que podem ser usadas, tanto na Educação Infantil, como nos demais níveis. Trata-se do VOKI e do STORYJUMPER. São duas ferramentas muita divertidas e com um potencial pedagógico muito grande.
       O VOKY consiste na criação de Avatares que podem ser utilizados em diversas atividades. O professor Mestre Vitor Malaggi disponibilizou algumas sugestões do uso pedagógico do VOKY (http://www.voki.com)e também do STORYJUMPER, ( https://www.storyjumper.com/library/my) que estão abaixo:

SUGESTÕES PARA O USO DO VOKY

C riação individual de personagens no Voki

para, posteriormente, socializar na turma e
utilizá-los em brincadeiras de faz-de-conta .
Para tanto, o(a) educador(a) deve organizar o
espaço pedagógico da turma com objetos,
fantasias e outros materiais, de forma a
potencializar o faz-de-conta com base nos
personagens virtuais
O s(as) educandos(as) poderiam gravar
pequenos trechos de áudio com reprodução
oral de trava-línguas, parlendas ou poemas,
posteriormente criando um avatar temático
para “recitá-lo” no mundo virtual. Para tanto,
pode-se utilizar a opção de upload de arquivo
de áudio no Voki. Por fim, o(a) educador(a)
proporia as crianças a realização de um sarau
com os avatares.
C riar avatares para uma “Batalha de 
Adivinhas”: as crianças trabalham em grupo
na criação de personagens que proporiam
adivinhas para os demais colegas. As
possíveis respostas estariam escritas em
tarjetas com letra de fôrma, com a primeira
letra grafada em destaque. Após decifrar a
adivinha, o grupo deverá encontrar a tarjeta
certa, com base nos conhecimentos que
possuem sobre a escrita. As adivinhas podem
versar sobre diferentes assuntos, até mesmo
sobre os colegas da turma, utilizando assim
tarjetas com nomes pŕoprios.
N o tocante a criação de histórias, o(a)
educador(a) poderia criar um avatar
tematizado com um enredo inicial. A partir da
contação iniciada pelo personagem virtual,
os(as) educandos(as) dariam continuidade na
história sempre buscando atrelar sua criação
com os momentos anteriores, personagens,
etc. A produção coletiva poderia ser gravada
em audiovisual pelo(a) educador(a) ou
registrada de forma escrita em um painel, por
exemplo. Após isso, as crianças poderiam
realizar os desenhos, pinturas ou outro
registro estético sobre as partes da história
coletiva.

N o trabalho pedagógico com projetos , o Voki
poderia ser utilizado para explorar elementos
culturais de outros países, por exemplo. Para
tanto, alguns recursos interessantes neste
contexto seriam os diferentes tipos de vozes
com sotaques pré-existentes no Voki, bem
como a possibilidade de adicionar cenários
com base em imagens pesquisadas na
Internet
A o discutir algum tema ou assunto que
envolve a argumentação/explicação, o(a)
educador(a) poderia propor a criação de
avatares que contivessem em suas falas o
posicionamento inicial das crianças. Após isso,
o(a) educador(a) fomentaria o debate com
base em novas problematizações, solicitando
justificativas e confrontando opiniões. Tal
atividade pode ocorrer, por exemplo, em um
contexto de discussão após a contação de
histórias
U ma atividade interessante, envolvendo a
temática da diversidade, poderia atrelar a
construção de Vokis para perceber, analisar e
acolher diferentes formas de pronúncia, gírias,
sotaques e conhecimentos sobre a linguagem
oral. Para tanto, os avatares criados
ganhariam a voz gravada das próprias
crianças, por meio da opção de upload de
arquivo de áudio. Vale destacar que, tanto na
plataforma Windows quanto Linux, existem
boas opções de editores de áudio. Uma delas
é o Audacity .

P roduzir cartas, avisos ou bilhetes falados
pode ser uma atividade proposta usando o
Voki com a mediação docente . A partir de uma
roda de conversa, as crianças poderão discutir
o contexto de produção (um bilhete para
lembrar as outras turmas da escola sobre uma
atividade que será desenvolvida; uma carta
para que a comunidade escolar fique ciente
das regras de uso da brinquedoteca ou do
parque) e utilizar avatares para divulgar as
mensagens. As imagens dos avatares
poderão compor cartazes ou as mensagens
sobre a atividade que está sendo divulgada.
Também é possível divulgar em espaços
digitais, como e-mails, blogs ou páginas no
Facebook da escola.
E xplorar os diferentes recursos que o Voki
oferece na criação dos avatares
(características física, cores e tamanhos) para
a construção da imagem que fazemos das
outras pessoas e o reconhecimento da própria
imagem. Dar diferentes nomes para os
avatares, permitir que as crianças expressem
o que acharam dos avatares construídos,
podem ser propostas utilizadas para as
atividades envolvendo a construção da
identidade, o respeito à diversidade,
identidade de gênero e interação, itens que
compõem o eixo Identidade e Autonomia da
Educação Infantil.


Abaixo, indicamos algumas ideias que poderiam ser utilizadas na apropriação pedagógica do
StoryJumper em contextos de educação das infâncias: (Professor Mestre VITOR MALAGGI)


1. O(a) educador(a) pode criar no
StoryJumper o início de uma história
(utilizando algum gênero da literatura infantil -
lendas, fábulas, mitos, contos populares, etc.)
e, após apresentá-la e analisar sua estrutura
inicial com os(as) educandos(as), convidá-los
para dar continuidade à narrativa a partir das
suas próprias criações. As crianças em grupos
poderiam, por exemplo, produzir seus próprios
desenhos no tocante aos cenários e
personagens, os quais seriam digitalizados e
inseridos no StoryJumper com a
funcionalidade de upload de imagens (Fotos).
A parte escrita da narrativa, criada pelas
crianças, pode ser registrada pelo próprio
educador(a), atuando neste contexto na
função de escriba.


2. Atividades de narração e/ou sonorização
de histórias podem ser realizadas de forma
divertida no StoryJumper, utilizando-se da
função “Narrar” desta tecnologia. No tocante a
narração, o(a) educador(a) pode valer-se da
criação com as crianças de livros digitais
contendo somente imagens. Após isso, as
crianças formulam e gravam a narração, as
falas dos personagens e contam a história,
diretamente no StoryJumper. Uma versão
desta atividade, focada no trabalho
interdisciplinar com a Música, envolve a
criação de um livro digital sonorizado. As
crianças definiriam que personagens e
situações seriam sonorizadas, utilizando
materiais diversos (sons vocais, corporais,
instrumentos musicais convencionais e
não-convencionais, etc.) para compor e
registrar os sons no StoryJumper.

3. Nas Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Infantil (DCNEIs) , destaca-se a
importância de promover o contato das
crianças com diversificadas manifestações
artísticas, tais como as artes gráficas e
fotografia. Uma forma de utilizar o
StoryJumper para tal objetivo seria conectá-lo
às propostas metodológicas de aula-passeio e
texto livre , do pedagogo francês Célestin
Freinet. O(a) educador(a) planejaria vivências
sobre artes gráficas urbanas, como o grafite:
após discussões iniciais para o levantamento
dos conhecimentos prévios, proporia uma
aula-passeio para ampliação de repertório, na
qual as próprias crianças registram diferentes
grafites da cidade em fotos. No espaço da
turma, os registros fotográficos e percepções
das crianças seriam socializados e discutidos
na roda de conversa. Por fim, o(a) educador(a)
propõem a criação de textos no StoryJumper,
ensejando a livre expressão das crianças em
histórias que ocupem os registros fotográficos
como elementos de definição da narrativa.

4. Uma atividade de suma importância na
Educação Básica, a reescrita de textos , pode
ser iniciada com as crianças desde a
Educação Infantil, mesmo antes de
conhecerem as formas convencionais de
escrita alfabética. Neste contexto, as crianças
apropriam-se das características da linguagem
escrita, bem como de diferentes gêneros
(poemas, lenda, fábula, etc.), em atividades
que envolvem criatividade e imaginação.
Reescrever um texto já existente não é
sinônimo de reprodução literal, mas, sim, criar
uma versão própria do texto. Envolve suprimir
partes, trocá-las por outras, inserir novos
trechos quando julgar necessário. Partindo de
gêneros afins da literatura infantil, o(a)
educador(a) pode utilizar o StoryJumper na
reescrita de histórias. Primeiramente, as
crianças apropriam-se da narrativa original.
Posteriormente, pensam em diferentes formas
de modificá-la, seja na estrutura narrativa,
ações dos personagens, locais onde se
passam determinados acontecimentos, etc.


5. Os objetivos previstos no eixo Natureza
e Sociedade , propostos nos RCNEIs, podem
ser trabalhados utilizando o StoryJumper
como um suporte de sistematização e
divulgação das atividades desenvolvidas pelas
crianças. Na Educação Infantil é importante
que as crianças realizem reflexões sobre a
diversidade de hábitos, modos de vida e
costumes de diferentes épocas, lugares e
povos. Neste processo, passam a reconhecer
as permanências e mudanças, bem como as
relações entre o seu cotidiano e as vivências
socioculturais, históricas e geográficas de
pessoas (mais próximas, inicialmente), grupos
ou gerações. São possibilidades de temas que
podem ser trabalhados: tipos de alimentação,
escola, moradia, vestimenta , músicas, jogos e
brincadeiras, brinquedos, atividades de
trabalho, lazer, dentre outras. Para tanto,
pode-se utilizar imagens pesquisadas na
Internet, registros realizados pelas crianças
(fotos ou ilustrações), bem como materiais
pertencentes ao seu grupo familiar.

6. Também é possível compor no
StoryJumper um e-book com brincadeiras
antigas e atuais. Para isso, podem ser
propostas pesquisas com pessoas de mais
idade, para que listem e descrevam as
brincadeiras que mais gostavam na infância.
Ao compilar as respostas, a turma pode
observar as mais recorrentes (comparando os
nomes e variações, por exemplo) e convidar
as pessoas que a conhecem para brincarem
juntos. A turma também pode escolher as
brincadeiras atuais que mais gostam para
socializar. Os registros dessas atividades
poderão compor o e-book: imagens, fotos,
descrição da brincadeira, etc. Uma variação
pode ser feita se considerarmos o brincar em
diferentes locais do Brasil. No site Território do
Brincar você encontra um projeto desenvolvido
entre 2012 e 2014, que percorreu diversos
locais do Brasil (comunidades rurais,
indígenas, quilombolas, grandes metrópoles,
sertão e litoral), com registros do que os
documentaristas denominaram “as sutilezas
da espontaneidade do brincar”.

7. O StoryJumper pode ser utilizado para

criação de dicionários. Desde a Educação
Infantil é importante que as crianças
conheçam a função do dicionário e se
aproximem da sua organização e também
daqueles disponíveis em aplicativos e online.
Por isso, é importante ampliar a proposta de
criação de dicionários nessa faixa etária para
além de relacionar uma letra do alfabeto a
uma palavra ou nome de um colega da turma.
Podem ser produzidos dicionários ilustrados,
com temáticas específicas ou de explicação
de conceitos que permitam que as crianças
registrem o significado que elas atribuem às
palavras a partir da sua leitura do mundo .
Também é possível criar dicionários de
palavras derivadas de língua africana ou
indígena que, além de ampliar o repertório,
pode ajudar a discutir a diversidade e a
multiculturalidade.

8. Usar o StoryJumper para fazer
matemática na Educação Infantil pode ajudar
as crianças a organizarem informações e
estratégicas, possibilitando a aquisição de
conhecimentos matemáticos. As histórias
elaboradas no StoryJumper podem ajudar as
crianças a comunicarem ideias matemáticas,
socializando os processos utilizados. O
professor pode formular situações problemas
relacionadas às histórias para propor desafios
matemáticos. O importante é apresentar a
matemática inserida e integrada ao contexto
delas. Por exemplo: organizar histórias com
fotos em diferentes momentos do período
letivo, indicando medidas das crianças (altura,
massa, tamanho dos pés, etc.), comparando
ao longo dos meses. Já para investigar as
regras e regularidades do sistema numérico ,
pode ser explorado o índice, a numeração das
páginas e o ano de publicação, por exemplo.

9. O StoryJumper pode ser utilizado para
ajudar no processo de construção da leitura de
imagens na Educação Infantil, bem como para
construir histórias apenas com imagens, que
podem ser escolhidas pelas crianças a partir
de uma temática, ou podem ser apresentadas
pelo professor. De acordo com os RCNEIs, é
aconselhável que as crianças reconheçam e
estabeleçam relações com seu contexto ao
apreciar imagens, que podem conter pessoas,
animais, objetos específicos às culturas
regionais, cores, linhas, formas, etc. Porém,
também é possível utilizar imagens abstratas
e, nesse caso, o professor deve observar o
sentido narrativo que as crianças atribuem a
elas. É importante que o professor assuma o
papel de provocador da apreciação e leitura
de imagens, mas também que possibilite às
crianças realizarem observações livres das
imagens e socializarem comentários. Um
exemplo de livro “sem palavras”, com
ilustrações que dão a ilusão de estarmos nos
afastando a cada página (ou nos aproximando
se começarmos do fim para o começo) é o
Zoom , de Istvan Banyai.


10. Na Educação Infantil, é indicado que o
espaço físico seja acolhedor e aconchegante.
Os RCNEIs sugerem que seja disponibilizado
um acervo com textos dos mais variados
gêneros, em seus portadores/suportes de
origem (livros de contos, poesia,
enciclopédias, dicionários, revistas, etc). Este
acervo deve estar organizado de modo a
garantir o livre acesso das crianças e, quando
possível, em número suficiente para
possibilitar leituras compartilhadas. Também
pode compor esse acervo os textos
produzidos pelas crianças: coletâneas de
contos, de trava-línguas, de adivinhas,
brincadeiras e jogos infantis, revistas, jornais,
etc. O StoryJumper permite a ampliação desse
acervo, com a criação de uma biblioteca virtual
com as produções das crianças, que pode ser
disponibilizada para outras turmas, para os
responsáveis e/ou comunidade externa,
conforme a proposta pedagógica do
educandário.

Exemplo de trabalho usando o StoryJumper: https://www.storyjumper.com/book/index/38426286









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